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Meu abstrato




O abstrato me encanta pelas possibilidades, pelos caminhos que os olhos podem seguir, pela composição do caos.


Desde que comecei a pintar, minhas mãos sempre tiveram uma necessidade pelo traço solto, forte, livre.


Demorei para entender meu rumo com a abstração e como poderia incluir meu estilo figurativo em meio a essa mistura de cores e formas.


Uns 4 anos atrás, o dono de uma galeria me disse que eu precisava escolher e seguir apenas o abstrato ou apenas o figurativo. Bom, eu escolhi não escutar alguém que nem me conhecia e continuei na busca pela minha identidade.


Continuei a deixar minha inspiração dominar momentos. Tenho fases em que não consigo parar de pintar. Passo dias e noites mergulhada entre tintas e pincéis. Mas também tenho longos períodos de nada. Simplesmente não sinto a tinta e minhas mãos não saem do lugar.


Custei a entender, mas hoje abraço meu processo criativo. Talvez essas fases sejam reflexos emocionais, experiências ou quem sabe até mesmo algo divino. Não sei, e nem tenho necessidade de saber.


Só aproveito e me entrego.


Parei de me cobrar por constante produtividade ou perfeição. Arte não é sobre isso.


A minha arte é sobre sentir. É sobre jogar no tecido, fragmentos do que minha mente desenha, vinculados a conceitos que valorizo e enalteço no meu dia a dia.


Recebo pedidos constantes para que eu "apareça" por aqui. Que mostre minha cara. Minha arte fará mais sentido se eu mostrar a cor dos meus olhos ou o formato da minha boca?


Ler a desordem é difícil, mas é a maior graça que posso oferecer.


O que você vê?



 
 
 

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